Pedro Teotónio Pereira.

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Pedro Teotónio Pereira.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/AHALM/FTP-PTP

Tipo de título

Atribuído

Título

Pedro Teotónio Pereira.

Datas de produção

1936-01-15  a  1973-10-08 

Datas descritivas

1936-01-15 - [197-?].

Dimensão e suporte

29 u.i. (26 docs. fotográficos, 3 capilhas, 1 caixa); película, papel.

Extensões

9 Envelopes
19 Capilhas
1 Caixa

Produtor

Pereira, Pedro Teotónio.

História administrativa/biográfica/familiar

Nasceu a 7 de novembro de 1902 na antiga freguesia dos Mártires do 2. º Bairro, atual Santa Maria Maior em Lisboa, filho de João Teotónio Pereira Júnior e de Virgínia Carlota Hermann Von Boetischer, quarto filho de 5 irmãos de uma família católica, monárquica e de comerciantes que se distinguiu no comércio de vinhos, aguardentes e azeites e também nas finanças, sobretudo, no ramo dos seguros.Casou com Isabel Maria Van-Zeller Pereira Palha e teve três filhos: Pedro Van-Zeller Palha Teotónio Pereira nascido em 1927, Maria Madalena Van-Zeller Palha Teotónio Pereira, nascida em 1929 e Clara Van Zeller Palha Teotónio Pereira, nascida em 1934. Estabeleceu residência no Monte do Estoril em Cascais.Durante a infância e juventude passou boa parte do tempo entre Lisboa e a margem sul, tanto nas casas da família no Ginjal, em Cacilhas, como na Quinta do Pombal, na Cova da Piedade em Almada. Cedo manifestou o gosto por atividades náuticas, pelo mar e por todo o tipo de embarcações, paixão que o acompanhou durante a vida, chegando a concorrer à Escola Naval. Foi sócio e membro da direção da Associação Naval de Lisboa. O seu percurso formativo iniciou-se na Escola Académica, estabelecimento particular situado na Caçada do Duque em Lisboa, em 1917-1918 transitou para o Liceu Passos Manuel e em 1918-1919 para o Liceu Camões. Destacou-se como dirigente estudantil em 1921 na qualidade de vice-presidente e presidente da Junta Escolar de Lisboa do Integralismo Lusitano. Enquanto estudante universitário iniciou a sua atividade política e aderiu ao movimento do Integralismo Lusitano e publicou o artigo “A fascinação da Esfinge” na Nação Portuguesa: Revista Mensal de Cultura Nacionalista. Foi discípulo político e amigo do intelectual, historiador e político António Sardinha com o qual trocou correspondência frequente. Ainda aluno de liceu, com interesse pela política e pelas questões morais da sociedade despertou para a militância e iniciou colaboração com várias revistas e jornais políticos como: A Monarquia, A Época, Ordem Nova, A Ideia Nacional, Gil Vicente, Novidades.Foi um dos mentores e ativistas da Liga dos Estudantes, iniciativa criada para combater a imoralidade pública. Terá tido uma passagem efémera, em 1922, pela direção da Federação Académica de Lisboa e no ano seguinte exerceu o cargo de Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa. Ainda em 1921 tornou-se sócio da firma familiar de comércio de vinhos, aguardentes e azeites João Teotónio Pereira Júnior, Lda.No ano de 1924, participou em Coimbra, no congresso preparatório da União Católica dos Estudantes Portugueses (UCEP), momento que marca o seu afastamento do movimento do Integralismo Lusitano e uma aproximação ao modelo social cristão protagonizado por Oliveira Salazar. Licenciou-se em Matemática em 1925 na Faculdade de Ciências de Lisboa e especializou-se em cálculo actuarial em Zurique, na Suíça, direcionado para o ramo dos seguros. Regressou a Lisboa para iniciar o seu percurso profissional ao exercer o cargo de diretor do ramo vida da Companhia de Seguros Fidelidade. Neste ano cumpriu o serviço militar.Entre 1928 e 1929 colaborou com o governo na elaboração de um projeto de Decreto Lei sobre a atividade de seguros em Portugal e um projeto de organização das associações de socorros mútuos.A partir da década de 1930 dedicou-se exclusivamente à política e à governação iniciando o exercício de funções ou cargos públicos e políticos ligados ao sistema corporativo e diplomacia do Estado Novo. No exercício das suas funções políticas e diplomáticas proferiu várias conferências e palestras.Em abril de 1933 foi empossado como subsecretário de Estado das Corporações e Previdência Social, cargo no qual foi responsável pela organização corporativa do Estado e pela publicação do Estatuto do Trabalho Nacional, demitiu-se em 1935. Sucessivamente, em 1936, assumiu a função de ministro do Comércio e Industria que ocupou até dezembro de 1937. Na sua carreira política, em 1934 e 1938, foi candidato eleito a deputado à Assembleia Nacional pela União Nacional, função que nunca ocupou efetivamente.Em 1938 iniciou uma carreira como diplomata com a nomeação para “agente especial” e representante do governo português em Espanha, cargo que exerceu até 1945. A partir deste mesmo ano e até 1947 ocupou o posto de Embaixador de Portugal no Brasil.Entre agosto de 1947 e dezembro de 1949 exerceu funções de Embaixador em Washington, no Estados Unidos da América tendo colaborado na elaboração do Acordo das Lajes. De 1950 a 1953 passou algum tempo sem assumir nenhum cargo diplomático, sendo que, foi Procurador à Câmara Corporativa e dedicou-se à função de Administrador do Banco Nacional Ultramarino para a qual foi indigitado em 1951 e à gestão dos negócios da família.Em 1953 retomou a carreira diplomática e ocupou o cargo de Embaixador em Londres até ao ano de 1958, data em que voltou a integrar novamente o Governo do país, como Ministro da Presidência, cargo que exerceu até 22 de junho de 1961. Após deixar o governo regressou às funções diplomáticas e tomou posse como Embaixador em Washington pela segunda vez, aqui permaneceu até finais de 1963. Por motivos de saúde deixou a carreira diplomática e retomou, em 1964, a atividade suspensa de Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, cargo para o qual tinha sido nomeado em 1956, no mesmo ano em que foi também nomeado Conselheiro de Estado vitalício.Foi proprietário da Quinta ou Palácio da Cerca no núcleo antigo de Almada, mediante compra a familiares efetuada em meados da década de 50 e que vendeu em 1970.Em 1972 publicou o primeiro volume das suas memórias. Faleceu a 14 de novembro de 1972, sepultado no jazigo da família no cemitério dos Prazeres em Lisboa.

Âmbito e conteúdo

Constituído por documentos relacionados com a vida pessoal e política. No domínio pessoal integra uma coleção de fotografias com retratos de Pedro Teotónio Pereira e da sua mãe Virgínia Herman Von Boetischer, reproduções de fotografias do casamento da sua filha Maria Madalena Teotónio Pereira. Inclui também listas de bens que terão integrado o património da sua propriedade Quinta da Cerca. No âmbito das suas atividades políticas integra uma pasta com recortes de imprensa.

Sistema de organização

Organização funcional.